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Evo Morales acusa a Luis Arce de planear fuga a Venezuela tras las elecciones en medio de crisis política y cuestionamientos a la transparencia

Escrito por radioondapopular
agosto 10, 2025
Evo Morales acusa a Luis Arce de planear fuga a Venezuela tras las elecciones en medio de crisis política y cuestionamientos a la transparencia

Declarações polêmicas agitan o clima político na Bolívia

Na semana que antecede as eleições gerais de 17 de agosto na Bolívia, o ex-presidente Evo Morales voltou a protagonizar um episódio de forte tensão política ao acusar publicamente o atual mandatário, Luis Arce, de planejar sua fuga para a Venezuela após o pleito. Morales afirmou que há conversas tanto na Bolívia quanto na Venezuela indicando que Arce estaria se preparando para abandonar o país com sua família e alguns aliados considerados corruptos. Essa denúncia foi feita durante seu programa dominical na rádio Kawsachun, aumentando a atmosfera de instabilidade em meio a um cenário de fragmentação dentro do próprio governo.

## Acusação de Evo Morales e movimentações no oficialismo

Segundo Morales, o vice-presidente David Choquehuanca viajou de forma «sorpresiva» e sem uma agenda clara para a Venezuela na semana anterior. Ele sugeriu que essa missão teria relação com a preparação de uma possível fuga de Luis Arce e seu entorno mais próximo. Morales também revelou que militares de alta patente lhe confidenciaram que o presidente teria tudo preparado para uma eventual saída do país, independente do resultado de uma possível segunda volta eleitoral, mesmo que o presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, não concorde com essa hipótese.

Essa situação revela a crescente crise interna no Movimento ao Socialismo (MAS), partido no poder. A disputa pelo controle interno entre Morales e Arce, além do fortalecimento de uma candidatura independente de Rodríguez, aprofundou as divisões. Rodríguez, anteriormente considerado um aliado próximo de Morales, decidiu lançar-se de forma independente com a aliança Popular, surpreendendo tanto o ex-mandatário quanto a cúpula do partido, o que ameaça a unidade do oficialismo para as próximas eleições.

## Polarização e propostas de Morales

A rixa entre Morales e Arce não é nova, mas intensificou-se à medida que se aproximam os comícios. Apesar de estar inabilitado pela legislação boliviana para concorrer novamente, Morales mantém sua influência política e defende a opção pelo voto nulo como forma de protesto contra o que classifica como uma eleição viciada de nulidade. Seus apoiadores chegaram a promover bloqueios de estradas em junho, tentando forçar sua candidatura, mas, sem sucesso, passaram a incentivar a abstenção, considerando que um voto nulo poderia equivale a uma espécie de «revogação» do processo.

O ex-presidente anunciou que na próxima quarta-feira realizará um ato de encerramento de campanha pelo voto nulo em Sipe Sipe, Cochabamba, reforçando sua postura de contestação ao sistema eleitoral vigente. Para Morales, o pleito está contaminado por irregularidades e ele questiona a validade de uma eventual segunda rodada, caso os votos nulos superem os válidos.

## Controvérsia sobre imigração e segurança eleitoral

Outro ponto que tem alimentado o clima de tensão é a denúncia do Comitê Pro Santa Cruz, que alertou sobre a entrada massiva de venezuelanos por voos charter, poucos dias antes das eleições. O presidente da entidade, Stello Cochamanidis, pediu esclarecimentos ao Ministério do Governo, questionando a segurança e transparência do processo eleitoral. Ele suspeita que essas pessoas possam estar vindo com intenções de influenciar o resultado e questiona os controles de entrada de estrangeiros no país, levantando preocupações sobre possíveis interferências externas na votação.

A crescente polarização e as denúncias de irregularidades reforçam o cenário de instabilidade na Bolívia, em um momento crucial em que o país se prepara para escolher seu próximo presidente em um ambiente marcado por disputas internas e tensões políticas latentes.

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